Racismo: uma estrutura de dominação social que precisa ser desconstruída e superada
“A relação e o modo de vida dos povos indígenas, é o que mais protege [o meio ambiente]. Nós estamos nessa traço de frente contra o mina, contra a mineração, contra o desmatamento, contra a grilagem de terreno. E, infelizmente, nós que fazemos essa proteção somos os mais prejudicados, os que mais morrem”, pontuou Sônia Guajajara, na live da última segunda-feira (23), do meato Meteoro Brasil.
Com uma trajetória de destaque desde os anos 2000 na luta em prol dos direitos da população indígena e do meio envolvente, a brasileira, conhecida internacionalmente, é uma das mulheres indígenas que estão avante de causas sociais importantes para o país, e acaba de entrar para célebre lista da revista Time, que aponta as 100 pessoas mais influentes do mundo, ao longo do último ano.
Quem é Sônia Guajajara?
Nascida em março de 1974, na Terreno Indígena Arariboia, no Maranhão, Sônia, que é atual coordenadora executiva da Pronunciação dos Povos indígenas do Brasil (APIB), e pré-candidata à deputada federalista pelo PSOL em São Paulo, nasceu entre o povo indígena Guajajara. Com pais analfabetos, a ativista, nas palavras de Guilherme Boulos para a Time, “desafiou as estatísticas” ao se formar em Letras e em Enfermagem pela Universidade Estadual do Maranhão.
Em 2009, Guajajara foi nomeada porquê vice-coordenadora da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB). Em 2013 iniciou seu trabalho na APIB, lutando, desde logo, nacionalmente, contra projetos de lei que ameaçam a população indígena e o meio envolvente.
No ano de 2015, recebeu algumas importantes premiações, porquê: o Prêmio Ordem do Valor Cultural, do Ministério da Cultura; uma medalha pelo Meio de Promoção da Cidadania e Resguardo dos Direitos Humanos Padre Josimo e uma medalha de Honra ao Valor, do Governo do Estado do Maranhão, pelo seu incansável trabalho no período das queimadas na Terreno Indígena Araribóia.
Já em 2017, foi chamada pela cantora Alicia Keys, ao palco do Rock in Rio, para discursar em obséquio dos povos indígenas e da Amazônia. Em 2018, ganhou destaque por se tornar a primeira indígena a inventar uma placa presidencial.
No ano de 2019, além de ser premiada pela Organização Movimento Humanos Direitos e pela União Internacional para Conservação da Natureza, auxiliou na organização da Primeira Marcha das Mulheres Indígenas em Brasília, que reuniu mais de 2 milénio mulheres indígenas de diversos povos, e também na instauração Pronunciação Vernáculo das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (ANMIGA). Ou por outra, esteve avante da Jornada Sangue Indígena Nenhuma Pinga Mais, onde passou por 12 países europeus denunciando as violações do atual governo referente a preservação do meio envolvente e os cuidados com os povos indígenas.
Mas, os desafios também fazem segmento do cotidiano de Sônia. Em abril de 2021, por exemplo, a líder indígena foi intimada pela Polícia Federalista a prestar depoimentos referentes às críticas feitas ao governo, no documentário ‘Maracá’, que retrata o descaso para com os povos indígenas. O interrogatório foi arquivado, mas a luta da ativista em obséquio do seu povo continua.
“Desde tenra idade, ela lutou contra forças que tentam exterminar as raízes de sua comunidade há mais de 500 anos. Sônia resistiu e continua resistindo até hoje: contra o machismo, porquê mulher e feminista; contra o massacre de povos indígenas, porquê ativista”, disse ainda Boulos à Time.
A mais recente conquista de Guajajara, porquê dito anteriormente, é entrar para a renomada lista das 100 pessoas mais influentes do mundo da revista Time, que a listou porquê liderança indígena do Brasil. A mesma seleção contou com personalidades porquê a atriz, Zoë Kravitz; a apresentadora, Oprah Winfrey; a empresária da família Kardashian-Jenner, Kris Jenner; o atual presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky; a ativista do movimento LGBTQIA+, Nadine Smith; e o atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
Ter o nome de uma mulher indígena, nordestina, ativista e política em uma lista internacionalmente renomada inspira força e coragem. Além de festejar a garra de Guajajara, é preciso festejar também todas as líderes indígenas, que resistem e reivindicam diariamente pela paridade de gênero, saudação aos povos indígenas, preservação de suas terras e o término do genocídio indígena.
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