Lugar de fala: conheça o concepção que subverte o oração hegemônico

Sara Araujo é uma mulher negra e periférica em um país racista e patriarcal e diz “meu corpo é atingido em vários lugares, por ser uma mulher negra, não consigo não colocar raça em primeiro lugar”. Logo, sua apresentação não poderia debutar de outro modo.

Ela nasceu na primeira capital do Brasil, Salvador, filha de uma mãe solo. Aliás, tem duas irmãs e dois irmãos, quatro sobrinhas e cinco sobrinhos. É mãe de Luiz Felipe, formada em Recta e Ciências Sociais e segue cursando pós-graduação em História da África e da Diáspora Atlântica.

Sara também é sommelière de cervejas, ativista e militante dos direitos humanos e sociais. Em seu Instagram, faz diversos posts muito relevantes acerca desses assuntos, com fotos belíssimas, em meio a livros, vegetais e, simples, boas cervejas e dicas de harmonização.

Sara Araujo

Dentre suas bandeiras, destaca-se supra de tudo a luta contra o racismo. E pontua que, embora se alinhe às teorias de Audre Lorde, a qual defende que não há hierarquias de vexação:

É meu corpo preto que a polícia ver primeiro, as políticas públicas não alcançam. Desse modo, em que pese me levante contra todos os tipos de opressões, luta contra o racismo é a minha maior bandeira, uma vez que ainda estamos lutando pelo reconhecimento de humanidade, uma vez que não sou lida socialmente, porquê humana.

Ser mulher no Brasil, não é um pouco fácil, e cada uma de nós tem seus embates pessoais, que podem ter variações conforme raça, classe social, orientação sexual, entre outras. Acerca disso, Sara comenta:

No Brasil, que é estruturado dentro do tórax do racismo, ser uma mulher negra é está em constate estado de alerta e desespero, mas, apesar dessa estrutura que nos esmaga, luto todos os dias para continuar respirando e inspirando outras meninas, mulheres porquê eu, a não desistir de derrubar essa estrutura opressora e experienciar a humanidade que nos é de recta.

Para se fortalecer e crescer todos os dias, Sara tem nomes vitais nos quais se ampara. Dentre eles, sua mãe e irmãs, inspirações diárias, e grandes nomes de intelectuais negras, porquê Djamila Ribeiro, Lélia Gonzalez, Beatriz Promanação e Bell Hooks.

A cada dia que passa, as mulheres conquistam mais espaços, reivindicam seus direitos e questionam padrões. Além da Sara, que tal saber mais mulheres inspiradoras?

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